1.1 O  chamado “Novo Testamento” é formando de 26 livros, dos quais  quatro  são supostos relatos – Os “Evangelhos” – sobre a vida e ensinos  de  Jesus Nazareno, 21 cartas, cuja autoria é atribuída aos primitivos   discípulos de Jesus, porém, a maioria teria sido ditada pelo apóstolo   Paulo, um judeu convertido posteriormente à seita dos nazarenos há um   livro chamado de “Atos dos Apóstolos”, relatando alguns fatos e as   atividades dos discípulos após a morte do seu líder, e um livro de   misticismo, chamado “Apocalipse” (palavra grega para Revelação). Tais   livros formam o fundamento do cristianismo e são apresentados à   Humanidade como a última palavra do Criador, em substituição à Torah.   Aos Profetas e às Escrituras, que foram o TANA”CH [sigla para Torah,   Nevyim veChetuvim] – a Bíblia Judaica, comumente chamada de “Velho   Testamento” pelos cristãos”.
1.2 No entanto, a patente  contradição do chamado “Novo Testamento” com a  TORAH (o Pentateuco),  por si só, já é suficiente argumento para refutar  sua origem Divina,  pois, como diz a Escritura: “Tua Torah é Verdade”  (Tehilim [Salmo]  119:142). Assim, qualquer Luz de conhecimento posterior  à Revelação do  Sinai deve, necessariamente, concordar com os escritos  do maior Profeta  do Eterno, Mosheh Rabênu [Moisés, nosso mestre], sobre a  quem a mesma  Torah declarou: “Nunca se levantou em Israel um profeta  como Mosheh,  com quem o Eterno falou face a face” (Devarim  [Deuteronômio] 34:10 ver  Shemot [Êxodo] 33:11 Bamidbar [Números]  12:6-8). Quando esse texto foi  escrito, para ressaltar a Autoridade  Divina conferida a Mosheh, de  forma preponderante, Israel ainda não  existia com Estado como estado  Teocrático. Só mais tarde, portanto, o  Eterno inaugurou o Ministério  dos Profetas. A expressão “nunca se  levantou”, no passado, é dada como  fato consumado e definitivo, a  ressaltar a impossibilidade de surgir,  no futuro, um profeta mais  qualificado do que Mosheh. Assim, todos os  Mensageiros do Eterno, então,  fundamentaram sua pregação nas Palavras  reveladas a Moshêh,  subordinando-se à Autoridade daquele que também foi  considerado pela  Torah como o primeiro “Rei em Yeshurun” (Devarim  33:5).
1.3 Na realidade, existem centenas de contradições no  texto do “Novo  Testamento” quando cotejado com a Torah, assim como,  também  internamente, Os Evangelhos, as Cartas e os livros de Atos e  Apocalipse  entram em colapso quando os mesmos relatos ou ensinos são  comparados  entre si, ou quando perspectiva profética do Tana”ch é posta  em análise e  confronto com o entendimento dos escritores do “Novo  Testamento” . Não é  raro perceber-se desde logo, que uma fraude nem  sequer bem arquitetada  foi levada a efeito nos escritos  neotestamentários, pelo menos como  atualmente conhecidos. Em razão da  fé cega de muitos cristãos, esse  assunto não é enfrentado como merece,  salvo por uns poucos teólogos de  mente mais aberta, pois, do contrário,  seria posta em evidência a grande  questão embutida nesse cenário de  erros grotescos – a saber: a Figura  de Jesus Nazareno, atualmente  também chamado de Yeshua, por alguns  seguidores, como mais um falso  messias.
1.4 Urge esclarecer, desde logo, que podemos distinguir  três etapas  históricas na origem primitiva do cristianismo, todas  excludentes, entre  si, dos ensinos adotados, tendo-se como paradigma a  doutrina de Jesus,  como subentendida dos relatos evangélicos.  A  primeira etapa é a própria  “A seita dos nazarenos”, chamada de “O  caminho” (Atos 9:2 19:9 22:4), a  qual ainda estava identificada como o  Tana”ch, conforme esclarecido por  Paulo, após sua conversão à seita  (Atos 24:5, 14 26:22 28:23)”. Aos  poucos, porém, Paulo rompeu com os  nazarenos, estabelecendo uma divisão  teológica irreversível, que, na  prática gerou o paulinismo  (1 Coríntios  1:12), a segunda etapa da  religião cristã. Paulo realmente desafiou  autoridade dos primitivos  apóstolos, como Pedro, a quem considerava  hipócrita, por apegar-se a  valores judaicos (Gálatas 2:11-14). Por fim,  veio a lume o  constantinismo, a terceira etapa, quando as  mudanças  estruturais  pregados por Paulo encontram o campo fértil para o  sincretismo com as  religiões pagãs, sendo tal amálgama apresentado como a  religião do  Nazareno, que se espalhou pelo mundo, a partir de Roma.
1.5 Nesse  sentido, registra-se que o “Novo Testamento”, tal como hoje  conhecido,  não pode ser visto como uma obra acabada dos primitivos  apóstolos e  discípulos de Jesus, mas como uma produção literária muito  posterior,  forjada em época de fortes contendas teológicas sobre a  pessoa e a obra  do Nazareno, com interesses políticos evidentes, tanto  da parte do  Império Romano, então em decadência, quanto da parte dos  clérigos e  autoridades religiosas, já emprenhados em disputas pelo poder  mundano.  No império Romano, é destacada a figura de Constantino, o   imperador-sacerdote do deus-Sol, ao qual eram dedicadas as festas   saturnais do fim do ano (calendário romano), aí incluindo o Natalis   Solis Invicti [Dia do Nascimento do Sol Vitorioso"], posteriormente   comemorado também como o Natal ou Nascimento de Jesus, no dia 25 de   dezembro. Para enfatizar sua adoração ao deus-Sol, Constantino, por meio   do Edito de 7 de março de 321 EC, transferiu o culto dos cristãos,   ainda no Shabat  - uma reminiscência dos primitivos seguidores judeus de   Jesus, membros da seita dos nazarenos – para o primeiro dia da semana,   então conhecido como “Dia do Sol”, como até hoje se vê em alguns  idiomas  (Sunday), em Inglês: Sonntag, em alemão), e posteriormente  denominado,  pelos cristãos, de “Domingo” [em latim: Dia do Senhor].
1.6  Dois marcos históricos principais estão associados com formato do   “Novo Testamento” atualmente conhecido. O primeiro marco foi o Concílio   de Nicéia (iniciado em 325 EC), convocado pelo Imperador Constantino  que  presidiu na sua abertura mesmo sendo um “pagão”, pois jamais  Constatino  se convertera ao cristianismo, conforme relativo fantasioso  da igreja  de Roma. Ele exerceu o cargo de sacerdote do deus-Sol até  que, no seu  leito de morte, em 337 EC, o bispo de Roma procedeu ao  ritual de  conversão, quando ele nem mais podia manifestar-se sobre se  essa era sua  vontade. No Concílio de Nicéia, foi aprovado, além da  autoridade  política dos bispos, o cânon do “Novo Testamento”, quando  foram  rejeitadas centenas de escritos tidos como sagrados por muitos  cristãos  fora de Roma, compostos de relatos evangélicos e cartas dos  apóstolos e  primitivos discípulos, hoje rejeitados. Também naquela  ocasião, por meio  de voto, foi aprovada a “divindade de Jesus”, que, a  partir de então,  passou a ocupar, oficialmente, o papel de Segunda  pessoa da trindade,  abrindo-se daí a oportunidade ao estabelecimento da  mariolatria, pois  Maria, genitora de Jesus Nazareno, logo seria alçada  ao papel de “mãe de  D-us” (em grego: “theotokos”), já que, obviamente,  Jesus sendo deus,  segundo essa doutrina, sua genitora seria a “mãe de  D-us”, como hoje é  adorada pelos cristãos católicos e ortodoxos gregos e  russos.
1.7 Pela importância do papel do imperador Constantino  na formação da  nova região, que, na verdade, é uma fé essavita (oriunda  de Essav, ou  Esaú, pai dos romanos e italianos), cujo fim último é  perseguir a  Israel, poderia o cristianismo ser denominado de  constantinismo. Afinal,  graças ao imperador romano foi possível  elencar, durante o Concílio de  Nicéia, as doutrinas principais da nova  religião, nascida em Roma, de  onde se espalharia pelo mundo, deixando  em seus caminhos históricos as  marcas de conversões forçadas, de  derramamento de sangue e assassinatos,  de escravização de povos e  destruição de culturas. Ademais, de forma  ainda mais marcante, o  constantinismo é a religião do antijudaísmo, como  ficou bem claro no  decorrer dos últimos quase dois milênios, pois, para  justificar sua  própria existência, a nova religião romana não apenas  procurou  afastar-se de suas fontes judaicas, oriundas dos primitivos  seguidores  judeus de Jesus, mas decidira, induvidosamente, destruir os  próprios  israelitas, para que se consumasse a tese que ficou conhecida  como  Teologia da Substituição – cuja premissa é esta: uma vez que a  igreja  foi levantada para substituir a Sinagoga, os judeus deveriam ser   eliminados, porque seriam um entrave, nesse novo cenário, para a   supremacia cristã, conforme um dos textos mais coloridos de   anti-semitismo do “Novo Testamento”: os “judeus não somente mataram o   senhor Jesus e os profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a   D-us e são inimigos de todos os homens” (1 Tessalonicenses 2:15): Como   diz “Ave Maria”, edição católica, de 1967, “os judeus eram agora   rejeitados por D-us” (p. 1.535). Esse pensamento malvado serviu de   pretexto, máxime pela mentira de que foram os judeus que assassinaram o   messias dos cristãos, para respaldar a tese de ser a “vontade de D-us” a   promoção de toda a sorte de perseguição do Povo de Israel, nestes  quase  vinte séculos de história da igreja.
1.8       O segundo  marco dessa história mal contada e deturpada pelos  cristãos, como bem  sabido dos estudiosos, tem a ver com o tempo do bispo  Dâmaso (papa  Dâmaso), que determinou a “São” Jerônimo [viveu entre 342  EC a 420 EC]  que precedesse a uma reforma no texto do “Novo Testamento”,  para  eliminar seus conteúdos considerados exacerbadamente judaicos,   retirando as possíveis dúvidas sobre a origem de Jesus Nazareno [a quem   nenhum livro de História da época se refere] a afastando certas   passagens que retratavam a humanidade do messias cristão de forma   considerada exagerada. Em seu livro derradeiro, Retractationes, Jerônimo   confessa sua resistência em obedecer à ordem papal e principalmente   suas crises de consciência em ter cumprindo uma missão que resultou em   fraude maior do que aquela perpetrada pelo Concílio de Nicéia.
1.9  Sobre a farsa a que fora levado pela ordem papal, “São” Jerônimo   escreveu ao pontífice romano: “De velha obra me obrigais a fazer obra   nova. Quereis que, de alguma forma sorte, me coloque como árbitro entre   os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo e,   como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo com o   verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso   arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo  os  outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o  mundo  já envelhecido. “Ele ponderou, após tantas alterações nos textos:   “Meclamitans esse sacrilegiu qui audeam aliquid in veteribus libris   addere, mutare, corrigere” (“Vão clamar que sou um sacrilégio, um   falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir,   corrigir algumas coisas nos artigos livros” (Obras de São Jerônimo,   1693). Quando um cristão lê o “Novo Testamento”, o grau de sua   ignorância pode ser mensurado pelo valor atribuído à obra como um todo.   Ou ela é de D-us, ou não é, e a única maneira de saber-se isso é   comparando-a com a Revelação do Sinai.
1.10 Foi assim que, depois  de tantas “arrumações” e “arranjos”, o “Novo  Testamento” veio ser esse  amontoado de textos contraditórios, espúrios,  com acréscimos  atualmente denunciados como invenções nas várias versões  das Bíblias  cristãs hodiernas cuja edições atuais colocam entre  parêntesis ou em  notas marginais o descobrimento de algumas trapaças. É  significativo  analisar eu, em razão de tais mentiras e embustes, um  número  incalculável de seres humanos foi morto, ou assumiu o papel de  mártires  de uma fé cujas bases de sustentação são o engodo, a  credulidade, a  falsificação de fatos históricos e a deturpação dos  textos sagrados dos  judeus, utilizado de forma desautorizada e  contraditória, para  emprestar validade a tantas tramas e deboches. Na  verdade, cristãos  sinceros, sem se aperceberem que são vítimas de  falsidade histórica,  admiram-se de os judeus não terem aceitado a Jesus  como seu messias.  Esse cenário está mudando hoje – muitos cristãos,  especialmente os  descendentes dos convertidos à força durante a chamada  “santa”  Inquisição – Os B´ney Anussim – estão acordando para a realidade  de que  a única Revelação verdadeira foi dada no Sinai e aos Profetas de   Israel (Devarim 4:5-8 Tehilim que os judeus são os únicos depositários   dos “Oráculos de D-us” em Romanos 3:1, 2 9:4 João 4:22). O “Novo   Testamento”, devidamente lido, não passa de um amontoado de tolices e   contrações, incapazes de satisfaz à busca da Verdade por uma alma   sincera. Não resiste a um confronto com a Bíblia Judaica.
II – UMA BREVE CONSIDERAÇÃO DO TANA”CH COMO MARCA DEVASTADORA DA  FALSIDADE DO  “NOVO TESTAMENTO”
2.1        Uma pessoa honesta, que lê a “Carta aos Hebreus”, cuja autoria  é  atribuída ao apóstolo Paulo – Um judeu, de origem romana, que, como   visto, deu nova fisionomia aos ensinos de Jesus, rompendo, assim, com a   Torah – embora o estilo da escrita destoe totalmente das demais   epístolas paulinas, perceberá o esforço inteligente do seu autor para   provar a “divindade” do Nazareno, como se o fim colimado desse   desiderato fosse convencer os judeus que seu messias já havia chegado e   era um deus. Todavia, o autor da Carta aos Hebreus perde-se em temas  tão  simplórios, para uma consideração paradigmática do Tana”ch, que  chega a  ser infantil. Por exemplo, no capítulo 3, o escritor dessa  Carta faz a  seguinte comparação entre Jesus e Mosheh:
a)    enquanto Mosheh era Servo de D-us, Jesus é Filho   
b) Mosheh foi fiel na Casa de D-us, e Jesus era o construtor da Casa e,  assim, era o próprio Deus
c)  em razão disso: Mosheh seria inferior, merece menor honra, afinal, se   Jesus é D-us, Moisés é seu servo. Mas há um problema insolúvel nessa   análise superficial dos fatos. Voltemos à Torah veremos que os escritos   de Paulo e de outros escritores do “Novo Testamento” não resistem a  mais  obsequiosa análise e defesa.
2.2 De fato, quando o apóstolo  Pedro valeu-se do texto de Devarim  18:15-19, para “provar” que Jesus  era o prometido Profeta, como lemos em  Atos dos Apóstolos 3:22 e 23, o  mesmo fazendo o discípulo Estevão em  Atos 7:37, fica evidente uma  questão judaica indestrutível por qualquer  argumento contrário: o  Profeta Prometido não poderia ser diferente ou  mais importante do que  Mosheh, seria um homem como Mosheh, não um deus  encarnado: seria um  judeu submisso a D-us, e jamais um Profeta teria  maior glória do que  Mosheh em Israel, como está escrito na Torah. Com  efeito, o ponto  essencial é este: “Um Profeta semelhante a mim” (Devarim  18:15, 18).  Como o escritor da Carta aos Hebreus atribuiu divindade a  Jesus, este  não é o “Profeta semelhante à Mosheh”, desqualificando a  Jesus,  destarte, de ser o Prometido Messias. O verdadeiro mashich, ainda  que  realize obras mais poderosas do que as feitas por Mosheh,   sujeitar-se-á, sempre, aos escritos mosaicos, pregado por Paulo, que   acusa a Torah de cegar os judeus! (Gálatas 3:5 2 Coríntios 3:7, 8,   13-16)
2.3 Nesse contexto, é de todo interessante notar que os  judeus, logo  após a morte de Mosheh, estimavam que Yehoshua (Josué)  fosse no máximo  semelhante à Mosheh, embora com uma missão em certo  sentido até mais  relevante – a de levá-los à consumação das Palavras da  Torah, proferidas  pelo Eterno, quando à conquista da Terra Prometida. A  mesma ameaça que  lemos em Devarim 18:19, quanto a ser morto aquele que  rejeitasse as  Palavras do Profeta semelhante à Mosheh, os israelitas a  aplicarem a seu  relacionamento com Yeshoshua (ver Yehoshua [Josué]  1:17, 18).  Imagine-se, pois, se diferentemente do que nossos  antepassados disseram a  Yehoshua: “Queremos que tu sejas semelhante à  Mosheh”, tivessem este  dito: “Iremos te considerar mais importante que  Mosheh”! Essa situação  desqualificaria Yehoshua quanto a ser um Profeta  do Eterno, posto que  ele fosse diferente e superior a Mosheh. Quanto a  isso, conforme já  vimos acima, a Torah é definitiva: “Nunca se  levantou em Israel um  profeta como Moshes, com quem o Eterno falou face  a face”. Devarim 34:10  ver Shemot 33:11 Bamidbar 12:6-8) Ao tentar  conceder a Jesus uma  distinção inexistente, a bem da verdade, o  escritor da Carta aos Hebreus  deu um golpe de morte na sua pretensão de  ele ser reconhecido com o  Messias de Israel! Definitivamente, à luz da  Torah, Jesus não é o  Messias esperado.
2.4 Uma outra “pérola”,  no meio de tantas outras, do escrito da Carta  aos Hebreus, foi à  construção totalmente forçada de que a “Nova Aliança”  (de onde veio a  idealização do  “Novo Testamento”, ao passo que nunca  houve um “Velho”,  já que nenhum homem morreu em favor dos israelitas,  deixando sua  herança no documento chamado de “Testamento”), tem a ver  com a profecia  de Yirmeyahu (Jeremias) 31:31-34, literalmente citada em  Hebreus  8:8-12. Alguns problemas, porém, devem ser suscitados aqui. Um  deles,  gritante, é que na época de Jesus não mais existia o país  “Israel”,  independente, que constituiu o Reino Setentrional da Terra  Santa, mas  apenas a parte chamada “Yehudah” (Judá) permanecia em  evidências,  graças às promessas Divina da perseverar Judá (Melachim Álef  [ 1  Crônicas] 11:32 Melachim Beit 12 (2 Crônicas, cap. 12). O Profeta   Jeremias, todavia, fala de uma Nova Aliança a ser feita exatamente com a   Casa de Israel e com a Casa de Judá. Daí ser necessário observar que   essa profecia somente poderá acontecer quanto se cumprir outra profecia –   a da restauração das duas Casas: Israel e Judá – a sua subseqüente   reunificação, conforme consta de várias outras profecias (Yiechezkel   [Ezequiel] 37:16-25 ver Yieshayhu [Isaías] 11:11, 12 Yirmeyahu   [Jeremias] 3:18 50:4.
2.5 Portando, quando Jesus entrou no  cenário judaico, no primeiro século  da Era Comum, não havia mais as  duas Casas – a de Judá e a de Israel –  mas unicamente a Casa de Judá,  incluindo judeus da tribo de Benyamin,  além dos levitas, a qual se  encontrava sob o domínio romano. Por isso, a  própria origem do chamado  “Novo Testamento”, seria a “Nova Aliança”,  predita em Jeremias 31:31, é  fraudulenta, porque, não existindo a “Casa  de Israel”, algo a ser  compreendido na restauração das Tribos perdidas,  que é uma das missões  do Mashich verdadeiro (Yishayahu 11:1, 11,12 49  6), não poderia Jesus  ser o mediador dessa “Nova Aliança” apenas com a  “Casa de Judá”. Para  compreender plenamente essa questão, é mister  recordar-se que a vinda  do Mashiach de Israel, o Descendente de Yishay,  pai de David, como  predito em Yishayahu 11:1-12, somente ocorrerá após a  Segunda Grande  Teshuvah (Retorno) e a Reunião dos Judeus, sim, “pela  Segunda vez”,  após a Segunda destruição do Beit HaMikdash, evento que,  de acordo com  os evangelhos, Jesus predisse a destruição do Templo  sagrado, ele não  pode ser o Mashich, pois o Mashich somente viria depois  dessa  destruição e a própria vinda do Mashich legítimo somente ocorrerá  no  fim da grande Diáspora, iniciada com a destruição do Segundo Templo!  (é  só ler Yishayahu 11:1, 2, 11,12).
2.6 De fato, entre os grandes  eventos preditos, para a vinda do Mashich,  está o retorno de judeus à  Terra Santa e a reunificação das Casas de  Judá e de Israel (Yishayahu  37:15-28) e o domínio de Israel sobre o  Monte Moriah, onde será  edificado o Terceiro Templo, terminando os dois  mil anos ou “dois dias”  preditos por Hoshea 6:1, 2 (um dia equivale a  mil anos para o Eterno,  conforme o Tehilim [Salmo] 90:4), quando os  filhos de Israel  retornariam à Terra Santa para, ali, restabeleceram os  sacrifícios, e o  próprio Santuário Sagrado será o penhor da Nova  Aliança, que é uma  Aliança de Paz (Hoshea 3:4, 5 Yiechezkel 37:21-28),  Nesse sentido, o  “Novo Testamento” é uma farsa que, sem dar-se conta do  alcance e do  tempo especifico do cumprimento das profecias, apresenta  (divagações)  em que se confundem contradições e sofismas diversos. Um  exemplo  adicional desse cenário contraditório é a questão de um ser  humano  poder ser ensinado por outro, após a plena implantação da Nova  Aliança.  No texto de Jeremias 31:31, 33, 34, foi predito: ‘“Eis que vêm  dias’,  diz o Eterno,  irei concluir uma Nova Aliança com a Casa de  Israel e  com a Casa de Judá”’, `“Esta é a Aliança que firmarei com a  Casa de  Israel, depois daqueles dias’, diz o Eterno, ‘implantarei Minha  Torah  no seu íntimo, e escreverei no seu coração. E não mais ensinará  jamais  cada um ao seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo:  ‘Conhece ao  Eterno’, porque todos Me conhecerão, desde o menor até ao  maior deles,  diz o Eterno, ‘pois perdoarei as suas iniqüidade e dos seus  pecados  jamais Me lembrarei’”.
2.7 Como sabido, quando a Verdadeira  Aliança do Mashich estiver em  operação, a Humanidade adquirirá tão  elevado conhecimento da Torah, que  todos os seres humanos serão  igualmente integrados à plenitude Divina e  tudo funcionará para o bem  comum (Yieshayahu 11:9 Tehilim 22:26-28).  Ninguém precisará mais de  instrutores, de pregadores e de líderes  religiosos. Nenhum homem  dominará outro homem para desgraça, como  ocorreu na História (Kohelet  [Eclesiastes] 8:9). Ao aplicar esse texto  de Jeremias, para dar uma  roupagem profética ao “Novo Testamento” (e  Hebreus 8:10, 11), mais uma  vez restou exposta a fraude neotestamentária  do proselitismo  determinado: “Ide e fazei discípulos e todas as Nações,  batizando-as...  ensiando-as a obedecer todas as coisas que vos ordenei”  (Mateus 28:19,  20) Se, como vimos, a Nova Aliança proíbe, taxativamente  o ensino,  nesta palavras: “Não mais ensinará jamais cada um ao seu  próximo, nem  cada um a seu irmão, dizendo: ‘Conhece ao Eterno, porque  todos Me  conhecerão, desde o menor até ao maior deles”, como é possível   identificar o chamado “Novo Testamento” cristão com a “Nova Aliança”   Judaica? Ademais, na perspectiva profética, não são os judeus que   procurarão os gentios, nos Acharit Hayamim [últimos dias da História],   mas são os gentios que procurarão os judeus, para servirem ao mesmo   D-us, após a construção do Terceiro Templo, no Monte Moriah, em   Yierushalayim (ver Yieshayahu 2:2-5 56:1-8 Zacharyah [Zacarias] 8:20-23.
2.8  Um segundo aspecto, entre centenas de outros, a desmascarar a falsa   pretensão de o “Novo Testamento” ser Palavra de D-us, em confronto com a   Revelação do Sinai, tem a ver com a fraudulenta aplicação de Hoshea   (Oséias) 11:1 ao menino Jesus, em que fuga para o Egito, apresentada   apenas no evangelho de Mateus como uma determinação dada por meio de um   anjo, em sonho, a José (Mateus 2:13-15). Segundo a narrativa, D-us não   teria encontrado outro meio para salvar o “Seu Filho”, senão pela   violação de Sua Torah, na qual o Eterno determina que, entre os deveres   de um rei judeu, está a proibição de fazer o povo retornar ao Egito,   porque a Mitzvah é clara: “Nunca mais deveis retornar por este caminho”   (Devarim 17:16). A invenção da ida dos pais de Jesus ao Egito, vendo-se  o  assunto sob óptica mais benévola, não poderia jamais acontecer,  diante  da ameaça do Profeta Yieshayahu (Isaías): “Ai dos que descem ao  Egito em  busca de Socorro... Os que não atentam para o Santo de Israel,  nem  buscam ao Eterno” (Yieshayahu) 31:1 ver 30:1, 2). Na verdade, a  Torah  considera a ida ao Egito, ainda que em busca de socorro, como um  dos  mais graves castigos em razão de ignominiosos pecado praticados  contra o  D-us de Israel (Devarim 28:68), uma verdadeira negação da  Primeira  Pronunciação: “Eu sou o Eterno, teu D-us, que te fiz sair da  Terra do  Egito, portanto, é uma traição ao D-us Libertador!” É retornar  à terra  da escravidão!
2.9 Todavia, por mais incrível que possa  parecer, esse ensino, cheio de  aberrações terríveis, do ponto de vista  da Torah, encontrou respaldo em  outro exercício de fraude impensável:  estava prevista essa ida ao Egito!  Assim, lemos em Mateus 2: 14,15 que  José “ levantou-se, tomou de noite o  menino a sua mãe, e partiu para o  Egito, e lá ficou até á morte de  Herodes, para que se cumprisse o que  fora dito pelo Senhor, por  intermédio de seu profeta: “ Do Egito chamei  o Meu filho.” Como sabido,  essa citação é parte de Hoshea 11:1:  “Quando Israel era menino, eu o  amei e do Egito chamei o meu filho.”  Esse texto sagrado, no entanto,  nada tem a ver com a trama  neotestamentária, por simples razão:  reporta-se á libertação de judeu  para lá, algo proibido logo no verso 5,  do mesmo capítulo 11 de Hoshea,  como também em vários outros textos do  mesmo profeta (hoshea 7:16 8:13  e 9:3). No texto citado, o Eterno está  recordando o que já fez por  Israel no passado e não o que ele faria no  futuro, pois o inteiro  cenário tratado quanto a uma ida a mitzayim é  sempre no contexto de  castigo, pela rebeldia e pela violação da torah  (Devarim 28:68). Pena  que Mateus, sendo judeu, se realmente era, ou quem  o reescreveu, não  viu nada disso, e deturpou a torah para fundamentar a  ida do menino  Jesus ao Egito-um lugar proibido, para buscar-se refúgio  e, com essa  desobediência, livrar-se de Herodes, que iria a falecer só  mais tarde.  Não seria mais fácil para o Todo-Poderoso retirar de Herodes  do  caminho, ao invés de mandar o menino e sua família para o Egito?  Assim,  que certeza poderíamos ter de ele ser coerente?
2.10      Há uma  outra questão de suma importância para provar as  fraudes do “Novo  Testamento” e tem a ver, desta feita, com a virgindade  de Maria, quando  do nascimento de Jesus nazareno. Uma das invenções mais  grosseiras do  “Novo Testamento”, de fato, consiste no ensino do  nascimento virginal  de Jesus, pois apresenta como erro do criador a  normal faculdade da  geração e concepção de filhos, como escreveu Tomás  de Aquino,  considerando um dos baluartes do cristianismo, ”doutor da  igreja”:  ´D-us deveria ter encontrado uma maneira menos imunda para a  procriação  ´. Essa rejeição da primeira de todas as Mitzvot da Torah, a   procriação (Beresht 1: 28), pelo cristianismo, ao forjar o ensino de que   Maria mãe de Jesus continuou sendo virgem após a concepção e o parto,   emprestou uma inexistente pecaminosidade ao sexo, como é crença   generalizada na igreja, que proíbe o casamento de clérigos, exige o   celibato de homens e mulheres que quiserem viver uma vida de maior   “santidade”, desvirtuando, assim, a santidade do matrimônio e o prazer   sagrado que vem da relações sexuais (Mishley 5:15-21). Essa questão   colide, inclusive, com o entendimento cristão de que o Isaque, mesmo   tendo sido gerado por meio de uma relação sexual de Abrahão e Sarah,   nasceram do espírito santo (Gálatas 4:29). Por que não seria assim com   Maria e José, no tocante ao seu filho, Jesus? Não nasceu Jesus se uma   mulher? (Gálatas 4:4).
2.11 Todavia, como sempre ocorre, para  fundamentar-se, a falsidade  precisa de um pouco de verdade. Assim, nada  mais “inteligente” do que  construir a teologia da virgindade a partir  de um texto mal aplicado do  Tana”ch – e esse texto é o do profeta  Yieshayahu (Isaías) 7:14, que  reza, no texto hebraico literal:  “Portanto, dará o Eterno mesmo para vós  sinal: eis, a donzela grávida  dará à luz filho e lhe chamará o nome  Imanu El” (que significa:  “Conosco [está] D-us”). A começar pelo fato de  não contar no texto a  palavra “virgem” (em hebraico: betulah), mas  almah, ou seja, jovenzinha  ou donzela, várias situações mostram o inútil  esforço da igreja para, à  semelhança das religiões do Egito, Índia,  Pérsia etc., cujos avatares  nasceram de virgens. 
-          Osíris, Krishna e Mitra, respectivamente – também apresentar  ao   mundo o seu deus (Jesus) como nascido de uma virgem. Ademais, na   Pérsia, Zoroastro era visto como o redentor do mundo, nascido de uma   virgem o próprio Buda também nasceu de uma virgem, chamada Mai ou Maria   os Siameses criam num deus nascido de uma virgem chamada Codom, que  fora  avisado por anjo que se tornaria mãe por meio dos raios de Sol, e  que o  filho teria natureza divina. Essa falsidade, como visto, não é   exclusiva dos cristãos, pois é mais antiga do que sua fé, mas o   paganismo também dominou o tema no seio do cristianismo.
2.11       Diante desse quadro estranho, a única coisa que os cristãos  não  fizeram, para perceber a fragilidade dessa tremenda falsidade, foi  ler  todo o capítulo sete de Isaías, e forjaram a história da virgindade,  a  qual logo leva o leitor à seguinte questão: Quem mentiu – o Profeta   Isaías, que diz que o nome da criança seria Emanuel [Imanu El], ou o   anjo analfabeto, que não leu Isaías e mudou o nome do bebê para JESUS?   (Ver Mateus 1:21), Ora, ninguém nunca chamou Jesus pelo nome de Emanuel,   e sabemos que realmente nasceu um menino, nos dias de Acaz, segundo a   Profecia, que a ele se dirige como Imanu-El (Isaías 8:8), atribuindo-se   ao Rei Ezequias esse título, em razão das grandes obras por ele   promovidas, na condição de instrumento do Eterno. No entanto, a grande   dificuldade não é apenas a do nome – que é muito relevante em termos de   Escrituras Sagradas – mas tem a ver com o tempo de cumprimento da   própria profecia sobre o nascimento de Emanuel, como sinal Divino.
2.13  Os cristãos tomaram o bonde errado, ao presumir que poderiam levar a   profecia de Isaías 7:14 para quase sete séculos. Depois, para a época   de Jesus, uma vez que o Eterno fixara, por Seu santo Profecia, Isaías, o   tempo preciso do cumprimento dessa profecia, que era de apenas até   treze anos, ou seja, o tempo em que o menino faria seu Bar Mitzvah.   Basta ler, na tradução católica A Bíblia de Jerusalém: “Pois sabei que   os senhor mesmo dará um sinal: Eis que a jovem concebeu e dará a luz um   filho e pôr-lhe-a o nome de Emanuel. Ele se alimentará de coalhada e de   mel até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, por cujos   dois reis tu te apavoras, ficará reduzida a um ermo”  (Isaías 7:  14-16).  Os dois reis – Retzin, da Síria, E Fecach, de Efráim [Samária] –   uniram-se para atacar Judá, mas o Eterno disse que isso resultaria em   nada, e deu o sinal do nascimento de Emanuel – um sinal para os dias de   Achaz, enquanto Judá estava sob a ameaça desse dois reis inimigos. Não   há como estender esse sinal para os dias em que os romanos dominavam a   inteira Terra de Israel, pois essa extensão de tempo colide, ainda,  com  os sessenta e cinco anos finais de sobrevivência do rebelde Efráim   (Samária) (ver Isaías 7:8 2 Reis 17: 1-6). A simples leitura de todo o   capítulo 7 Isaías expõe a fraude dos cristãos e na estranha história da   “Virgem Maria”. Aliás, da família de Jesus tudo o que se pode ver é   confusão. De fato, quem era seu avô, pai de José? Mateus diz que era   Jacó (Mateus 1:16) Lucas discorda, e diz que era Eli (Lucas 3:23). O   mais grave, porém, é que Mateus (1:11,12) inclui Jeconias entre os   ancestrais do Nazareno, o que impede Jesus de pleitear o trono de David,   diante do impedimento de os descendentes de Jeconias poderem ser reis   em Judá, por determinação divina (Jeremias 22:24-30).
III – NOSSO REPÚDIO PELAS MENTIRAS DO “NOVO TESTAMENTO” O CONFRONTO COM A  VERDADE!
3.1      Quando uma pessoa que se diz “judeus messiânico”, ou  seja, que é   um pretenso “judeu cristão”, vai rezar no “Muro das Lamentações” sente   um terrível impacto: Há um Muro (Kotel), que subsiste há muitos séculos   de História. Segundo a Fé judaica, essa grande Parede de pedras dá   testemunho de que continuamos esperando o nosso Mashiach, como está   escrito: “O meu Amado é semelhante ao gamo ou ao filho da gazela Ele   está detrás da nossa Parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas   frestas” ( Shir HaShirim 2:9). Ora, a própria continuidade da grande   Parede do Kotel – o lugar mais sagrado do Judaísmo – até os nosso dias é   um forte Testemunho da veracidade da Palavra do Eterno. Mas, ao mesmo   tempo, suscita, para os cristãos e “judeus messiânicos”, uma triste   lembrança – Jesus mentira, quando profetizou: “Em verdade vos digo não   ficará pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mateus 24:2). As   pedras do Kotel HaMaaravi continua umas sobre as outras. A profecia de   Jesus falhou espalmadamente!
3.2 Não foi somente essa profecia de  Jesus que não teve cumprimento. Há  algumas mais dramáticas. Por  exemplo, Jesus disse que seus discípulos  não terminariam de pregar nas  cidades de Israel e nem morreriam antes de  verem chegar o “Filho do  Homem” no seu reino – o que não aconteceu,  como sabemos, até nossos  dias – Mateus 10:23 16:28 24:14. Naturalmente, o  Reino de D-us, nos  precisos termos descritos por Daniel 2:44, é um  Governo real, que  acabará com os sistemas políticos terrestre e os  substituirá,  definitivamente, pelo terrestres e os substituirá,  definitivamente,  pelo Reinado da Casa de David. Se um cristão tenta  convencer-nos de que  a chamada “transfiguração” seria esse “reino”,  realmente está  delirando. O Reino de D-us não se sabe por que, nem  poderia ser  relatada para ninguém conforme ordem de Jesus (Mateus 17:9).  Claro, se  Jesus disse que seu reino “não é desde mundo” (João 18:36),  mas o Reino  de D-us é deste mundo e destruirá os demais reinos deste  mundo e  somente ele permanecerá (Daniel 2:44 Tehilim 110:1-8, texto  heb.), ou  seja, somente Israel restará (Jeremias 30:10,11 46:28), o  reino de  Jesus deve ser outro planeta. Não admira que ele, nas duas mais   importantes ocasiões em que poderia provar sua pretensão real,   simplesmente agiu com covardia! (João 6:15 Mateus 26:63, 64). Sim, não   quis assumir o que o anjo do evangelho sobre ele dissera: “D-us lhe dará   o trono de Davi, seu pai! (Lucas 1:32). O trono de Davi era deste   mundo!
3.3 Libertar uma pessoa que passou pela lavagem cerebral  do “Novo  Testamento” certamente não é fácil. Crer em mentiras  deslavadas faz  parte da teologia cristã. Um exemplo é a deturpação do  relato do  historiador judeu Flávio Josefo, no livro Guerra dos Judeus  contra os  Romanos (cap. 19, parte 321), sobre a morte de um homem  chamado  Zacarias, filho de Baraquias, no Templo, evento que ocorreu  quase  quarenta anos depois da morte de Jesus. No entanto, ao escrever  seu  evangelho, o discípulo Mateus apresenta Jesus dizendo que Baraquias  era  pai do Profeta Zacarias, sacerdote assassinado no pátio do Templo,  em  Jerusalém. Houve uma tremenda confusão em Mateus 23:35, porque o   Zacarias morto a mando do ímpio rei Yash (Jeoás), tinha por pai   Yehoiada, como se pode ver em Divrey Hayamim [2 Crônicas] 24:20. Assim, o   Mateus tomou como matéria de fundo do seu relato um evento ocorrido   muito depois da morte de Jesus, e por isso, ou Mateus não sabia que o   Profeta Zacarias, que não é o mesmo escritor do Livro de Zacarias, tinha   por pai outro homem. Essa confusão desmerece o relato.
3.4 Uma  outra questão essencial na nossa rejeição de qualquer  possibilidade de  admitir o “Novo Testamento”, mesmo como livro  histórico, é a intenção  evidente com que os escritos foram deturpados,  de modo geral, os  escritos foram deturpados, de modo geral, para  fundamentar o  anti-semitismo que norteou o morticínio dos judeus nestes  quase dois  mil anos de supremacia do cristianismo. O deboche atinge o  auge quando  Israel é simplesmente substituído pelos gentios, como se  todos os  juramentos Divinos, feitos aos nosso antepassados, fossem  promessas  passíveis  de alteração. Os constantes ataques contra os  fariseus, de  parte de Jesus, realmente mostram que ele não cumpria nem  sequer o que  ensinava, quanto a não retaliar os inimigos. Segundo Mateus  e Lucas, o  mestre foi muito além, põe os “filhos do reino” – os judeus –  no  inferno, e os gentios são contemplados, no Mundo Vindouro, com a  vida  eterna junto com Avraham, Yitzchak e Yaakov, e todos os Profetas   (Mateus 8:11 12: 13:28, 29) assim ao invés de serem os judeus os   reunidos dos quatro cantos da Terra, com predito (Isaías 43:5-7 49:12), a   igreja pretende ser destinatária, no lugar dos israelitas, das   promessas de restauração e, para isso, transformou os gentios em   substitutos dos filhos de Avraham. No entanto, no Propósito Divino, os   não-gentios são chamados a participar da alegria do Povo de Israel, o   Povo salvo pelo Eterno, e não a usufruir a Redenção, exclusivamente, ou   como substitutos dos judeus (Devarim 32:43 33-28, 29).
3.5 Da  leitura do “Novo Testamento”, ressalta-se a única conclusão  possível:  não se trata de uma mensagem Divina, dadas as hostilidades  contra a  santa Torah. A aceitação desse conjunto de heresias – além da  generosa  proposta de Rav Rambam, de que D-us pode usar tanto o Nazareno  quanto o  Ismaelita, como instrumentos para “pregar o caminho para o   Rei-Messias, moldando o mundo todo para servir a D-us conjuntamente”    [Mishnê Torá, Imago, p. 296] – é realmente repudiar a Torah, e os   Profetas. Nesse caso, jamais poderemos, como judeus, trair nossa fé   ancestral, em razão da qual fomos constituído o povo santo e especial de   nosso D-us. Nesse diapasão, devemos identificar o perigo que causará á   nossa segurança espiritual manter amizade com quem se esforça em nos   afastar da Torah para crer num “senhor morto”, num falso messias e num   deus desconhecido de nossos Patriarcas. É mister recuperar a plena   consciência de que não é possível fazer um amálgama de doutrinas   judaicas e cristãs. Simplesmente, isso é impossível. Quando nos   deparamos com pessoas sejam elas quem forem que desejam nos seduzir para   crer no falso messias com tais, porque estaríamos adentrando no  caminho  da idolatria, para adorar outro Deus, que não o KADOSH BARUCH  HU.  Lembremos-nos, portanto, da advertência da torah: “se teu irmão,  filho  de tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher de teu amor,  ou o  amigo que amas como a tua própria alma te incitar em segredo,  dizendo:  “vamos e sirvamos a outros deuses, que não conheceste, nem tu,  nem teus  antepassados, não concordarás com ele, nem o ouvirás não o  olharás com  piedade, não o pouparás, nem o esconderás...” (Devarim  13:6-8). O  desprezo a tais pessoas é a nossa segurança espiritual.  Descarta-se,  daí, a possibilidade de ecumenismo perigoso.
3.6  Uma das  dificuldades  adicionais  da  aceitação    da  Messianidade  de  Jesus Nazareno, além do fato dele não ser descendente de David  Melech  (pois os evangelhos dizem que José era apenas seu pai adotivo, e  nessa  situação nem mesmo ele poderia ser aceito na Congregação de  Israel, por  ser um bastardo – Devarim 23.2), é o tempo decorrido desde  sua vinda e  o não - cumprimento das profecias que, na visão dos Profetas  de  Israel, teriam imediata realização como promessas messiânicas. O   cristianismo falhou em tudo. O cenário do mundo atual, a par das   desgraças perpetradas pelos professores seguidores do Nazareno contra o   nosso povo, comprova a fraude que o cristianismo tem patrocinado para a   sofrida humanidade. É por isso que nós - judeus, não podemos assimilar   essa fé decadente, essa farsa gritante e aceitar o espúrio messias dos   Cristãos. Precisamos ser livres do ideário cristão, porque suas   expectativas são falsas, seus ensinos contradizem a nossa Torah e nós,   judeus, temos todo o arcabouço da sabedoria infinita para nos guiar até à   chegada do nosso Mashiach, cuja vinda anelamos todos os dias.
IV – AS CONTRADIÇÕES QUE A TRAMA NEOTESTAMENTÁRIA NÃO CONSEGUIU APAGAR.
4.1      O simples exame dos escritos do “Novo Testamento”, que servem de   base para a fé de cerca de dois bilhões de  seres humanos, dá conta de   que não resistem a uma análise até singela. Pela aplicação do método de   Shlomoh, para a interpretação dos textos sagrados, “comparado uma coisa   com outra, para a respeito delas formar o meu juízo” (Kohelet   Eclesiastes) 7:27, Verificaremos que cada comparação, seja dos textos do   “Novo Testamento” com os do TANA” CH (a Bíblia Judaica), bem como nos   próprios textos da bíblia cristã entre si, a confusão é grande, ‘às   vezes as discrepância chegam a ser ridículas. O lamentável é que há   judeus se voltando para essas coisas espúrias, abandonando o povo   escolhido, justamente quando os sinais da chegada do verdadeiro   Mashiaach já apontam o despertar da era Messiânica. Por isso, a   necessidade de uma reeducação de famílias de judeus assimilados, ou em   processo de abandono da Torah, para que tomem conhecimento do perigo   espiritual que estão correndo, ao acreditarem em mentiras e tramas nem   sequer bem urdidas.
4.2 Como judeu, além do método de Shlomoh,  acima mencionado, temos as  “Treze Regras do Rav Yishmael”, para a  segurança das interpretações (Ver  Sidur da ED. Sêfer, pp. 302, 303).  Usando-se esse método, qualquer  tentativa para colher alguma  conciliação entre os textos  neotestamentários mostra-se debalde.  Realmente, o “Novo Testamento” deve  ser abandonado como literatura  inexpressiva, em questões de Revelação  Divina! A total desarmonia entre  os textos cristãos e até mesmo com a  história secular é gritante a  cronologia não consegue acompanhar os  eventos e não raro evidencia uma  estranha necessidade de fazer-se opção  entre teses antagônicas. Esse  quadro é também evidente em discrepância  doutrinárias. Assim, por  exemplo, um membro da Igreja Adventista pode  encontrar, no “Novo  Testamento”, respaldo para não comer comidas imundas  (2 Coríntios 6:17,  18 7:1) mas, um membro da igreja batista também  encontrará guarida  para o ensino de que é possível comer comidas  proibidas pela Torah (Ver  1 Coríntios 10:25 Marcos 7:18-20). É possível  acreditar que não é  necessário nenhuma caridade para um crente salvar-se  (Efésios 2:8,9  Romanos 4:5), como é possível verificar que outro  escritor exige as  boas abras para a salvação! (Tiago 2:14-26) ao que  tudo indica, a  oração do Nazareno, em favor da unidade de fé dos seus  seguidores, não  foi ouvida! (João 17:20-23). É difícil conciliar as  várias doutrinas  cristãs em conflito, no elenco de suas diversas seitas  antagônicas, e  retirar do “Novo Testamento” algo que pudesse compelir  com a nossa  Torah simplesmente não sobra nada!
4.3 Uma maneira de compreender  bem a triste situação do “Novo  Testamento” é levantar-se a  contextualização dos ensinos, a partir dos  evangelhos, do livro de  atos, das cartas e do livro do Apocalipse. A  surpresa é grande, diante  de tantas contradições. Nesse sentido,  recordamos o que escreveu o  discípulo Lucas, ao dizer que pesquisara  todas as coisas para fazer seu  relato evangélico: “Visto que muitos  houve que empreenderam uma  narração coordenada dos fatos que entre nós  se realizaram, conforme nos  transmitiram os que desde o princípio foram  testemunhas oculares e  ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu  bem, depois de  ACURADA INVESTIGAÇÃO DE TUDO DESDE SUA ORIGEM, dar-te  por escrito,  excelentíssimo Teófilo, UMA EXPOSIÇÃO EM ORDEM, para que  tenhas plena  certeza das verdades em que foste instruído” (Lucas 1:1-4).  A impressão  que se tem, logicamente, é que o Evangelho de Lucas, diante  de tais  palavras, esgotou todo o ensino de Jesus e seria mais completo  do que  todos os demais evangelhos. Mas isso não é verdade. Trata-se de  claro  sofisma.
4.4 Com efeito, o mais importante milagre de Jesus,  relatado no  Evangelho de João, ou seja, a ressurreição de lázaro, após  quatro dias  de decomposição de seu cadáver (João 11:1-53), não mereceu  uma única  linha no Evangelho de Lucas, apesar de ele Ter feito uma  “acurada  investigação de tudo desde sua origem”. Seria Lucas o “o  médico armado”  mencionado por Paulo como um de seus companheiros e  viagem? (Colossenses  4:14). Nesse caso, como médico, Lucas não engoliu a  magnitude desse  assombroso milagre. Ou nada havia, na época em que  compôs seu relato,  sobre esse fantástico fenômeno sobrenatural. É  estranho ainda, o fato de  ter Lucas deixado de incluir, em seu  exaustivo trabalho,   nada menos  que quatorze parábolas de Jesus,  encontradas em outros evangelhos: 1) a  do joio 2) a do tesouro  escondido 3) a pérola de grande valor 4) a rede  de pescar 5) o pai de  família e o tesouro 6) o credor exigente 7) os  trabalhadores 8) os dois  filhos 9) as bodas 10)
as dez virgens 11) os dez talentos 12) as  ovelhas e os bodes 13) o pai  de família e os servos 14) e a semente  (ver Mateus 13:24-30:13:44-52  18:23-35 20:1-16 21:28-32 22:1-14  25:1-46). Lucas também – como os  demais evangelistas sinópticos – não  incluiu a história  da mulher  adúltera, relata em João 8:1-11, embora  esse relato, antes de estar no  Evangelho de João já tivesse sido  exposto no Evangelho de Lucas e dali  retirado. Segundo a antologia de  Lewis Browne, Sabedoria de Israel, essa  história é de origem grega. A  simples leitura desse texto, porém induz o  leitor a inferir que  Jesus  acreditou que uma mulher fosse capaz de  adulterar sozinha, ou ele era  machista e parcial, pois nada perguntou  sobre o homem adúltero (ver  Devarim [Deuteronômio] 22:22) o relato  insinua que o Templo Sagrado  possuía chão, sem piso, onde Jesus pudesse  escrever (João 8:2, 6, 8), e  apresenta a condenação da mulher como  procedimento que pudesse ser  levado à execução sem o pronunciamento dos  juizes! (Devarim 1:16, 17  16:18-20). Não admira que tal texto esteja  sendo expulso do “Novo  Testamento” como espúrio!
4.5 Por isso, causa perplexidade a  simples leitura de explicação, como a  do Dr. Lucas, de que seu  evangelho conteria “tudo desde sua origem”,  toda a história e ensinos  do Nazareno. Mas Lucas equivocou-se, ou  certamente não teve acesso a  muitos escritos sobre Jesus, hoje  conhecidos, porque somente seriam  escritos muito mais tarde, por  supostos discípulos, que não tendo  escrito nada, tornaram-se famosos  escritores mesmo assim. Veja-se, por  exemplo, o caso do pseudônimo dado  ao apóstolo João, sem que nada  comprove ser ele o tal “discípulos que  Jesus  amava” (João 13:23 19:26  20:2 21:24). Seria mesmo João esse  discípulo tão destacadamente amado?   Ora, esse título especial jamais  caberia a João, e sim, como de todos  sabido, ao discípulo Lázaro, sobre  quem está escrito: “Mandaram, pois,  as irmãs de Lázaro dizer a Jesus:  Senhor está enfermo aquele a quem  amas” (João 11:3). Esse amor era muito  particular. Quando Lázaro  morreu, Jesus chorou, e veio o reconhecimento  desse amor pelos  presentes: “Vede o quanto o amava” (João 11:36).  Assim, o único  discípulo a merecer tal distinção era Lázaro, não João.  Por ser o  discípulo amado e destacado protagonista dessas histórias, que  se  encontram no atual Evangelho de João, inclusive a de sua própria   ressurreição, desconhecida dos demais evangelistas, Lázaro está muito   mais habilitado a ser o autor de grande parte desse evangelho,   particularmente porque, tendo ressuscitado, conforme o relato seria   sobre ele mais apropriada lenda de que “o discípulo a quem Jesus   amava... não morreria” (João 21:20-23). Com isso, constatamos que até   mesmo a autoria dos relatos não é fidedigna. Quanto mais seu conteúdo e   veracidade histórica!
4.6    Quanto ao elenco de contradições,  desarmonia entre si e inúmeras  agressões aos textos do Tana”ch, o ”Novo  Testamento” é incomparável.  Talvez somente o Corão – livro sagrado dos  muçulmanos, que confunde  Miriam, irmã de Moisés, com Maria, mãe de  Jesus – possui mais sandices.  Adiante, uma pequena lista desse triste  cenário que, a bem da verdade,  desautoriza ser o “Novo Testamento” uma  Palavra do Criador para a  Humanidade. De fato, da Torah foi dito: “A  Torah do Eterno é perfeita e  restaura a alma o Testemunho do Eterno é  fidedigno, e dá sabedoria aos  simples. Os Preceitos do Eterno são  corretos e alegram o coração o  Mandamento do Eterno é puro e ilumina os  olhos” (Tehilim 19:8, 9, texto  hebraico). Com forte certeza,  aprendemos, como judeus, que na Torah, nos  Profetas e nas Escrituras  inspiradas, dadas aos nosso Povo, “não há  nenhuma coisa contraditória,  nem perversa. Todas são corretas, para quem  as entendem justas, para os  que acham o conhecimento” (Mishley  [Provérbios] 8:8, 9). O mesmo,  evidentemente, não se pode dizer do “Novo  Testamento”.
V –  ALGUMAS PÉROLAS – NEOTESTAMENTÁRIAS   -    CONFUSÕES E CONTRADIÇÕES  SEM  FIM. AS FALSAS PROFECIAS  DE JESUS NAZARENO. A IDENTIFICAÇÃO DO   VERDADEIRO                              MESSIAS DE ISRAEL.
5.1  Para comprovar-se o elenco de contradições, falsas profecias,  confusões  e não raro a má fé dos autores do “Novo Testamento”, no vão  esforço de  tornar a nossa Torah obsoleta e, assim, apresentar as  escrituras  cristãs como sucedâneo do que se habituaram a chamar de  “Velho  Testamento”, ou seja, a Bíblia Judaica, basta fazer uma simples  leitura  e comparação dos textos abaixo citados. Infelizmente, até mesmo  esse  cotejo causa medo nos cristãos e nos chamados “judeus messiânicos”,   porque suas crenças simplesmente desabam, ao primeiro contato com a   falta de inspiração Divina de seus escritos sagrados. A lista abaixo,   como se percebe, não esgota o tema. Das centenas de contradições,   escolhemos algumas, para meditação dos leitores.
5.2       Naturalmente, os exegetas da fraude não se cansarão de  tentar  explicar  o inexplicável, para convencer os crédulos de que o Messias já  veio há  quase dois mil anos atrás, embora as profecias fidedignas sobre a  Era  Messiânica somente agora começam a fluir, com a aproximação dos  tempos  designados como Acharit Hayamin – com a entrada de Israel, como  Nação  organizada, no cenário mundial, com o retorno dos Judeus ‘a Terra  de  nossos ancestrais, com a crescente onda de anti-semitismo despontando   nos horizontes sóciopolítico e econômico das nações, com o despertar   dos Judeus para a Torah, inclusive os descendentes dos convertidos ‘a   força ao cristianismo, e, mais a frente, com a breve restauração da   Profecia em Israel e a construção do Terceiro Templo no Monte Moriah.   Por isso, simplesmente, não seria possível ver-se em Jesus o nosso   Messias, porquanto, nos seus dias, no primeiro século da Era Comum,   diferentemente do que todos os israelitas esperavam, não floresceu o   justo e nem se viu a esperada abundância de paz e nenhum Governo   messiânico foi estabelecido! (Salmo 72:7, no texto hebraico 72:8). Além   disso, Jesus morreu algo que não esperamos de Rei-Messias, procedente  da  casa de David (Isaías 9:7 Daniel 7:14 Salmo 61:6, 7, no texto  hebraico  61:7, 8) Anelamos, com fervor, pelo dia em que nosso Messias  Se  manifestará, para a felicidade de todos os descendentes de Noé!
5.3       Em questão de identificação do Messias de Israel, é vital   analisar algumas das exigências fixadas no Tana”ch. Os pré-requisitos   messiânicos são amplos, e está bem claro que Jesus não satisfez a nenhum   deles ele apareceu no cenário fora do tempo, não concretizou a   libertação de Israel, não reuniu as Tribos dispersas, não pôde restaurar   o Templo, porque em sua época não estava destruído, não estabeleceu a   paz entre as Nações e, ao contrário, seus professos seguidores, nos   últimos vinte séculos, promoveram guerras sem fim, inclusive as duas   Guerras Mundiais, além da incessante perseguição dirigida contra os   Judeus. Do elenco de exigências que o candidato a Messias deverá   satisfazer, de maneira plena, cabal, convincente e definitiva,   registramos doze. Elias: a) O Messias é Judeu ( Números 24:17   Deuteronômio 17:15 18:15) b) ele é descendente da tribo de Judá (Gênesis   49:10) c) ele é descendente do rei David (2 Samuel 7:11-29 Salmo   89:29-37 Jeremias 23:5 33:17 1 Crônicas 17:11) d) ele é descendente do   rei Salomão (1 Reis 9:4, 5 1 Crônicas 22:9, 10 2 Crônicas 7:18) e) não   pode ser descendente de Jeconias (Jeremias 22:24-30) f) ele reunirá e   restaurará as tribos dispersas de Judá e de Israel, unificando as duas   casas (Isaías 11:1, 10-12, 16 27:12,13 43:5, 6 Jeremias 3:18 50:4   Ezequiel 37:16-25) g) sua vinda está associada ‘a construção do Terceiro   Templo, que será símbolo da Aliança de Paz (Ezequiel 37:26-28 Isaias  2:  1-4) h) o Messias, com a sua chegada, vem aos que abandonaram o  pecado e  acabará com a maldade e a pecaminosidade (Isaías 59:20, 21  60:21  Jeremias 50:20 Ezequiel 37:23 Sofonias 3:13 Malaquias 3:19 [4:1,  texto  cristão] i) a Humanidade alcançará a plena consciência da Vontade  Divina  (Isaías 11:1, 9 40:5 Habacuque 2:14 Jeremias 31:31-34 Joel 3:1.  2  (2:28, 09, texto cristão) j) o reinado do Messias na Terra resultará  em  serviço universal da Humanidade ao Criador, com paz total entre os   homens e na natureza, e todos falarão um só idioma e estarão felizes  com  as abundantes provisões de toda ordem (Sofonias 3:9 Isaías 2:2-3  11:1-9  65:25 Miquéias 4:1, 2 Zacarias 9:10, 16 14:9 Salmo 72:8-18  Oséias 2:20  Ezequiel 36:29, 30 Amós 9:13) k) ocorrerá a ressurreição  física e  espiritual dos mortos (Isaías 26:19, Ezequiel 37:12-14 Daniel  12:2 Jó  19:25-27 33:25-28) e 1) o Messias trará o fim das doenças e da  morte!  (Isaías 35:5, 6, 10 25:8 Oséas 13:14). Nos últimos vinte  séculos, a  História encarregou-se de provar que Jesus não satisfez as  profecias  messiânicas. Ele não é, definitivamente, o nosso Mashiach!
5.4      No tocante às falsas profecias de Jesus Nazareno, não nos   esqueçamos que basta uma palavra falsa para que o pretenso profeta seja   rejeitado – não merece nosso temor (Deuteronômio 18:20-22). É obvio que   os exegetas cristãos tentam, desesperadamente, emprestar  interpretações  diversas para as falsas profecias de Jesus. Não  convencem, porém, dada a  clareza meridiana de tais enfoques  pseudoproféticos. Basta conferi-los:
a)    Mateus 16:28: “Em  verdade vos digo que alguns aqui se encontram  que de maneira nenhuma  passarão pela morte até que vejam o filho do  homem no seu reino.” Seria  a farsa da transfiguração o reino? Fiquemos  com Daniel 2:44, sobre o  Reino do Messias ser real, capaz de destruir os  governos adversários
b)    Mateus 10:23: “Em verdade vos digo que não acabareis  de percorrer   as cidades de Israel, até que venha o filho do homem”. Talvez, por isso,   os missionários e os “judeus messiânicos” estão loucos para imigrar a   Israel, porque, afinal, essa pregação já dura quase 2000 anos e precisa   ser finalizada, já que os primitivos pregadores ser finalizada, ainda   não concluíram seu trabalho em todas as cidades israelenses.  Como não   existe outro cenário, Jesus mentiu e é mais um falso profeta
c)   Mateus 24:14: “E será pregado este evangelho do reino por todo o   mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim”. E o   evangelho já foi pregado em todo o mundo? “Sim!” – responde o apóstolo   Paulo: “não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes,   e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo,   me tornei ministro” (Colossenses 1:23). E por que o fim do mundo não   veio? Porque Jesus mentiu! E mentiu feio mesmo: “Em verdade vos digo que   não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (Mateus 24:34).   Onde será que está morando uma pessoa sequer daquela geração, que ouvi a   mensagem de Jesus? Tem que sobrar ao menos um... ou era bluff! Jesus é   um falso profeta!
d) João 12:32: “E eu, quando for levantado da  terra, atrairei todos a  mim mesmo”. Por que será que os chineses e os  indianos – uma grande  parte da Humanidade – não foi atraída por Jesus?  Por que o islamismo  está crescendo mais do que o cristianismo?
5.5  Ora, que falsas profecias são essas? Todos os discípulos de Jesus   morreram, devem ter percorrido todas as cidades de Israel e pregaram no   mundo todo, como disse Paulo! Mas nada aconteceu. Seriam tais vãs   promessas sinais identificadores do Messias? Querem que nós, judeus,   acreditemos em tais mentiras “pela fé”? Como explicar a nós, judeus,   que, há quase dois milênios, mesmo quando impedidos de orar nesse lugar   sagrado, contemplamos o muro das Lamentações, o nosso Kotel, como prova   evidente de que um dia o Beit HaMikdash será reedificado – diante de   falsa profecia de Jesus de que nada sobraria do Templo? Ora, as pedras   do Kotel HaMaaravi continuam umas sobre as outras. A profecia de Jesus   falhou espalmadamente: “Em verdade vos digo que não ficará pedra sobre   pedra que não seja derribada” (Mateus 24:2). As pedras estão lá –   contradizendo o Nazareno!
5.6      Há, ainda, algumas  coisas intrigantes  nos   ensinos  e condutas de Jesus que causam  espécie, quando se considera a  grande expectativa construída pela  igreja cristã de ser ele o Messias.  Vejamos alguns fatos:
a)  Jesus era capaz de amaldiçoar uma figueira, simplesmente porque a  pobre  árvore estava sem frutos, “porque não era tempo de figos” (Marcos   11:13). Que maldade antiecológica! Que violação da Torah! (Deuteronômio   20:19). Será que os cristãos dirão que o vento era simbólico e   representa a rejeição de Israel? (Lucas 13:6-8) Ou Pedro está com a   razão, ao ter observado que até as raízes das figueiras secaram? (Marcos   11:20, 21). Ora, se tais raízes secas são o Judaísmo, como querem   alguns teólogos, o cristianismo, que, alegadamente, teria origem nessas   raízes, estaria em grandes apuros! (Romanos 11:16-18)
b) Jesus  tem compromissos com a família? Parece que não: “Se alguém vem a  mim, e  não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus  irmãos, suas  irmãs, sim, até a própria vida, não pode ser meu discípulo”  (Lucas  14:26). Os cristãos correm para explicar: “odiar, ou seja, amar  menos”,  conforme nota marginal desse texto, nas traduções.  Diferentemente do  profeta Elias, que permitiu a Eliseu despedir-se de  seus pais e amigos  (1 Reis 19:19-21), Jesus não mostrou compaixão com um  prospectivo  seguidor, que alegou sua preocupação com seu pai falecido:  “Permite-me  ir primeiro sepultar meu pai. Respondeu-lhe, porém, Jesus:  Segue-me, e  deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Mateus  8:21, 22).  Jesus, ademais, proibiu que seus seguidores chamassem o  genitor de  “pai” (Mateus 23:9), o que o Criador não fez (Gênesis 2:24  Êxodo  20:12). Os verdadeiros Profetas discordam do Nazareno, quanto a  essa  proibição estender-se também ‘a esfera espiritual (2 Reis 2:12 6:21   13:14). Não admira que os parentes de Jesus o considerassem louco!   (Marcos 3:21)
c)    os cristãos aplicam a Jesus a nomenclatura de  Isaías 9:6 assim,  ele  seria o “Príncipe da Paz”. Custa acreditar,  diante e suas palavras:  “Não penseis que vim trazer paz ‘a terra não  vim trazer paz, mas a  espada. Pois vim causar divisão entre o homem e  seu pai entre a filha e  sua mãe e entre a nora e sua sogra” (Mateus  10:34,35). Não admira o ódio  reinante na História, entre cristãos e  deste para com os chamados  “pagãos”. De fato, o mestre mandou os  discípulos adquirirem até espadas,  para certa ocasião! (Lucas  22:35-38). Jesus, no fim das contas, manda  que seus seguidores matem os  Judeus, “seus inimigos” (Lucas 19:27)
d)   as profecias falam do  Messias como alguém preocupado com o   destino de toda a Humanidade,  pois falaria de paz aos não-judeus  (Zacarias 9:10 Isaías 9:7). Mas  Jesus, ao contrário, não estava muito  preocupado com os gentios,  proibindo seus discípulos de pregarem para os  outros povos (Mateus  10:5-7). Com efeito, comparou uma gentia  desesperada, que lhe suplicava  ajuda, aos cachorros, sem direito algum!  (Mateus 15:21-26)
e)Jesus  levantava-se contra fatos históricos, na tentativa de confundir  seus  ouvintes, como fez no seu discurso sobre o maná. Segundo a Torah, o   Eterno prometeu fazer chover “pão do céu” [lechem mim-hashamayim]  para   os hebreus (Êxodo 16:4, ver também Salmos 78:24 105:40, texto cristão   78:25 105:41, texto hebraico). Mas, Jesus afirmou, categoricamente: “Em   verdade vos digo: Não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. O  verdadeiro  pão do céu é meu Pai quem vós dá.” “Vossos pais comeram o  maná no  deserto, e morreram”. “Eu sou o pão vivo que desceu do céu se  alguém  dele comer viverá eternamente” (João 6:32, 49, 51). A mensagem  ficou sem  sentido: os hebreus  comeram o “pão do céu”, e morreram os  cristãos,  mesmo comendo o seu “verdadeiro pão do céu”, continuam  mortais. Que  disparate!
f) Jesus se comparava a um ladrão  (Mateus 24:43, 44) apesar dos  malefícios dessa comparação (João 10:10).  Ademais, não achava  preocupante o terem chamado de comilão e beberrão,  se ele dava razão  para isso (Mateus 11:19), embora tal conduta o  atingisse moralmente  (Provérbios 23:20, 21) e ofendia a incolumidade  pública em questões de  higiene e purificação (Lucas 11:37, 38 Mateus  15:2), desrespeitando a  autoridade divinamente constituída!  (Deuteronômio 17:8-13).
5.7  Realmente, se as pessoas levassem a  sério os ensinos de Jesus e   imitassem a sua conduta (João 13:15), a  Humanidade estaria cheia de  mutilados pela fé (Mateus 5:29, 30) de  famílias destruídas pelo ódio  (Lucas 14:26 Mateus 10:35) de covardes,  sem senso de dignidade (Lucas  6:29) de miseráveis e perdulários, por de  perderem o reino dos céus  (Mateus 19:21-24) de homens cadastrados  (Mateus 19:12) de subnutridos,  por tantos jejuns (Mateus 5:20) Lucas  18:12) de ladrões justificados  pelo mau exemplo (Marcos  11:1-6 João  13:15) de destacadores da  autoridade constituída! (Lucas 13:31,32) de  espancadores nas igrejas  (João 2:15) e de porcos endemoninhados (Marcos  5:1-17). De fato, causa  espécie certa análise da conduta do mestre!
5.8   Convém, ainda, fazer um breve registro da desonestidade das  citações  parciais do Tana”ch no “Novo Testamento”. Se parte essencial do  texto é  omitida, um novo ensino ou aplicação do texto é omitida, um  novo  ensino ou aplicação profética deturpada vem a lume. Como já visto,  isso  ocorrerá com o texto de Oséias 11:1, citado em Mateus 2:15, onde se  lê  apenas a Segunda parte do versículos de Oséias 11:1. Ademais, o  verbo  está no passado, porque se refere ‘a libertação dos hebreus no  Egito.  Um outro exemplo é a citação de Isaías 42:1-4, em Mateus  12:18-21. O  texto de Isaías 42:4 (muito mal traduzido pelos cristãos,  por motivo  óbvio) é omitido na parte que declara: “não será ferido  [morto – ver  Levítico 24:17, onde ocorre o mesmo verbo hebraico  ych´heh], nem  correrá [ou se ausentará] até pôr na Terra a Justiça”.  Como Jesus foi  ferido e morto, e foi ao Céu, segundo os evangelhos, sem  que a Terra  experimentasse a prometida Justiça, o escritor de Mateus (ou  seu  reescritor) retirou essa parte do texto, para evitar  “mal-entendidos”.  Mas está claro: Jesus não é o Messias, se essa  aplicação de Isaías,  pelos cristãos, estivesse correta. Ademais, sobre  esse texto,  recorda-se que nas Bíblias cristãs há título explicativo  acima de  Isaías 42:1 – “O Servo do Senhor”, reportando-se a Jesus mas,  no mesmo  capítulo 42, acima do verso é cego e surdo”, as Bíblias cristãs   substituem o seu messias por Israel: “Lamento sobre a cegueira de   Israel”, dizem. Ou seja, se a matéria é boa, é aplicada a Jesus, se   contém repreensão, aplica-se aos judeus! Esse expediente de ocultar o   restante do texto foi muito explorado por Paulo, como em seu argumento   de que Jesus é filho primogênito de D-us, em Hebreus 1:5 onde cita parte   de 2 Samuel 7:14: “Eu lhe serei pai, e ele me será filho”. E o  restante  do versículo? “E quando ele cometer iniqüidade, irei  corrigi-lo com  vara de homem, com açoites de filhos de Adão”. Tal  exercício, portanto, é  desonesto -  ou o versículo todo se aplica a  Jesus, ou, não.
5.9 De todo o conjunto de defeitos  neotestamentários, citamos apenas  alguns, abaixo, além dos acima  abordados, com comentários, recomendados  que sejam lidos os textos  indicados, para patentear-se a visão caótica  desses escritos, que são  tidos como “inspirados por D-us”. Facilmente, o  pesquisador descobrirá  que a Humanidade vem acreditando em fraudes  religiosas, que causaram  tantas guerras e mortes, e principalmente tanta  hostilidade e brutais  perseguições contra o Povo de Israel, porque  jamais nosso Povo deixou  de crer na sagrada Torah, para ser manipulado  por invenções humanas.  Eis alguns exemplos dessa estranha situação, que  permeia todo o “Novo  Testamento”, desqualificando-se como Palavra de  D-us:
a)Contradições, falsas profecias e confusões nas palavras e condutas de  Jesus, ou nos relatos sobre ele:
1)Jesus disse que seus discípulos não terminariam de pregar nas    cidades e Israel e nem morreriam antes de verem chegar o Filho do Homem   no seu reino – mas pareceu que Jesus não sabia o que era o reino de   D-us, pois sua profecia não aconteceu: os seus discípulos morreram, sem   que p Reino tivesse aparecido, pelo menos não o de D-us! (Mateus 10:23   16:28 24:14 Daniel 2:44) 
2)A profecia que fala que Jesus seria chamado de “Nazareno”, conforme   registrada em Mateus 2:23, simplesmente nunca existiu na Bíblia   Judaica, e nem a cidade de Nazaré existiu no tempo dos profetas de   Israel! Aqui há um patente acréscimo na profecia, expondo a pessoa como   mentirosa (Provérbios 30:5, 6)
3)  Segundo o Evangelho de  Mateus (21:18-20), Jesus amaldiçoou a  figueira e ela secou-se  imediatamente discordando de Mateus, Marcos  (11:12-14, 20, 21) informa  que somente no outro dia os discípulos  perceberam que a figueira  secara. É importante registrar, aqui, não só  falta de sensibilidade de  Jesus, para com a figueira, pois, como  registrou Marcos (11:13), “não  era tempo de figo” – e o Nazareno devia  saber disso – como também a  gravidade da conduta de Jesus, ao ter  destruído uma árvore frutífera,  violando a Torah, inclusive, porque o  figo é uma das sete frutas que  honram a Terra de Israel (Deuteronômio  20:19 8:6-9)
4)Jairo pede a Jesus ajuda ‘a filha que estava morrendo (Lucas  8:41-42)  contradizendo Lucas,      Mateus diz que Jairo pediu ajuda  quando a  filha já estava morta (Mateus 9:18)
5) Ao sair de Jericó, Jesus  curou dois cegos (Mateus 20:29, 30) não   foi bem assim, pois ele curou  apenas um cego (Marcos10:46, 47)
6)Zacarias, disse Jesus,  equivocado, era filho de Baraquias  (Mateus  23:35) mas não era nada  disso, pois Zacarias era filho de  Yehoiada (2 Crônicas 24:20-22). Na  verdade, esses personagens, citados  por Jesus, encontram-se em Flávio  Josefo (Guerra dos Judeus contra os  Romanos, cap. 19, parte 321), e se  trata de evento ocorrido cerca de  quarenta anos após a morte do  Nazareno, que, assim, não poderia Ter  falado sobre tal ocorrência, como  fato histórico
7)Dois discípulos buscaram uma jumenta e um  jumentinho para Jesus   (Mateus 21:2-7) mas Marcos escreveu  diferentemente – era apenas um  jumentinho, sem a mãe (Marcos 11:2-7)
8)Um “novo mandamento” foi dado por Jesus, escreveu João (João    13:34) mas foi um equívoco, pois não há “novo mandamento” algum,   escreveu João depois (1 João 2:7, 8 2 João 5)
9)Jesus  afirma, em Lucas 16:16, que a Torah e os profetas  vigoraram apenas até  João Batista. Mas, espere! Mesmo assim, Jesus  afirma que não cairá um  yud [menor letra do alfabeto hebraico] da Torah,  e isso no versículo  seguinte! (Lucas 16:17) segundo ele, ademais, ela  continua em vigor e  não cairá nenh