terça-feira, 10 de março de 2015
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Shavuot
Shavuot (do hebraico:שבועות, “[sete] semanas” ) é o nome da festa judaica também conhecida como Festa das Colheitas ou Festa das Prímicias, celebrado no quinquagésimo dia do Sefirat Haômer. Devido a esta contagem, a festa é também chamada de Pentecostes.
Origem
O caráter festivo mais antigo de Shavuot é o de festa campestre.
No mês de Sivan (pelo calendário judaico) terminava a colheita de cereais e assim, dos próprios produtos que graças à proteção divina puderam ser extraídos do solo eram separadas as primícias como oferendas.
Nenhum cereal da nova colheita podia ser utilizava antes de 6 de Sivan (calendário judaico), data em que esse sacrifício se tornava efetivo. Por isso Shavuot se chama também Chag HaBicurím, festa das primícias (primeiras colheitas).
Nos tempos do Templo, Shavuot assim como Pessach e Sucot se caracterizavam pelas peregrinações. Grandes grupos de agricultores afluíam de todas as províncias, e o país adquiria um aspecto animado e pitoresco.
Os peregrinos marchavam para Jerusalém, acompanhados durante todo o trajeto pelos alegres sons das flautas. Em cestos decorados com fitas e flores, cada qual conduzia sua oferenda: primícias do trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e mel, produtos que davam renome ao solo da Terra de Israel.
Chegados à Cidade Santa eram acolhidos com cânticos de boas vindas e penetravam no Templo, onde faziam a entrega de seus cestos ao sacerdote. A cerimônia se completava com hinos, toques de harpas e outros instrumentos musicais.
Daí evoluiu para uma festa caseira, com grande fartura de alimentos, com o intuito de comemorar uma boa colheita. O Shavuot, também celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C. Nessa época ocorreu a libertação do povo judeu. Nessa época a Torá foi revelada aos Judeus.
Hoje é um dia de comemoração: jantar fora, comprar um livro que estava querendo, se dar um presente em lembrança ao período que acabamos de passar.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Tehilim - Os Salmos
As letras podem ser usadas isoladamente ou em grupos. Estes grupos formam nomes, que podem ter um significado intelectual ou não. Em geral, este significado é absolutamente secundário. O que importa é a energia criada pela combinação das letras. Elas são chaves de acesso a estas energias. Por este motivo, não importa se o usuário conhece o idioma hebraico, mesmo que ele não tenha noção do que está lendo, falando ou escrevendo, ele acessará esta energia. É mais um daqueles casos em que temos que ultrapassar a dimensão do lógico, do intelectual, para podermos acessar nossas dimensões superiores.
Tudo o que somos e o que fazemos no Mundo Físico recebe 3 "roupagens": o pensamento, a fala e a ação. Cada uma destas roupagens tem uma força e todas elas são necessárias para que algo se materialize nesta dimensão em que estamos (Malchut). Assim, tudo o que pensamos, falamos e executamos vira realidade. A força e amplitude que este novo ser criado atingirá, depende da energia emocional que colocamos ao criar este novo ser.
Portanto, dentro das práticas cabalistas estão sempre incluídas estas 3 coisas. Muitas vezes, esta ação é o acender uma vela, um incenso. A principal, dentro das linhas mais místicas da cabalá é a escrita. Desenhamos Nomes Sagrados, letras.
Ao desenhar uma letra (especialmente se primeiro nós a contemplamos mentalmente, depois a vocalizamos e depois a escrevemos), criamos um "ser" com aquela energia. Aquele ser continuará influenciando o ambiente a sua volta. Isto se chama "ressonância mórfica" e existe em diversas culturas. Por exemplo, é uma prática comum do Extremo Oriente colocar ideogramas em determinados locais. A simples presença daquele "ser", muda os fluxos energéticos ali existentes. O mesmo é feito com as letras hebraicas. Sozinhas, ou combinadas, elas estão vivas e influenciando aquilo que está ao seu redor.
A partir destes princípios surgiram, dentro da Cabalah, algumas combinações muito poderosas, que são usadas em forma de oração. A principal é o Sêfer HaTorah.
A Torah é o Universo. Ela é a estrutura do Universo materializada. Possuir um pergaminho da Torah em sua casa é algo extremamente luminoso. Lê-lo, olhá-lo, deixá-lo vibrando no ambiente durante algum tempo é fundamental. Por isso, em determinados rituais cabalistas, abrimos e erguemos o Sêfer HaTorah e o visualizamos através das franjas do talit. A Torah também deve ser estudada todas as semanas. Ela deve ser entendida em todas as suas formas: Pshat (significado literal), Remez (entender a metáfora, a lição ali existente), Drash (entender os códigos, através de guematria ou de elucidações existentes em comentários externos, como o Midrash, o Zohar, livros de profetas e comentários de cabalistas) e Sod (segredos místicos, a revelação que se dá pela energia das letras da Torah, o nível muito além do intelectual e do emocional). Quando praticamos estes 5 níveis de entendimento da Torah, atingimos o PRDS, ou PaRDeS, o tal do Paraíso.
Outro livro muito importante nos foi deixado por aquele que melhor soube utilizar as letras e suas combinações: David HaMelech (o Rei David). O famoso episódio de David e Golias narra como ele vence um gigante com uma pedra. Quando os textos nos falam de "pedras", normalmente estão se referindo às letras. Yacov deitou sua cabeça em pedras no monte Moriah e, a partir daí, lutou contra o anjo Peniel e se superou, tornando-se Israel. David também utilizou pedras na atiradeira (combinou-as de forma a uni-las fortemente) e destruiu Golias ao neutralizar sua cabeça, sua fonte. A partir desse evento, o rumo de sua vida mudou, abrindo o caminho para os eventos que o levaram a tornar-se rei de Israel.
Este grande compêndio de combinações de letras, de "pedras para matar gigantes", é o Livro dos Salmos. Obviamente, trata-se da versão hebraica, casher, sem acentuação. É uma grande arma. No entanto, considera-se que fazem efeito as traduções também, já que os idiomas são formados por letras hebraicas (elas são a estrutura da realidade). Os salmos devem ser lidos e recitados. Podemos escolher frases que nos interessam e repeti-las como canções, como mantras. Algumas são clássicas, repetidas há milênios em forma de canção. A leitura do salmo pessoal (sua idade +1), também é muito eficaz para o autoconhecimento.
No Chabad podemos encontrar os salmos hebraicos em português, ou na versão transliterada.
Algumas canções clássicas que são frases dos salmos:
"Hine Ma Tov Umanayim Shevet Achim Gam Yachad" - Como é bom e agradável viverem irmãos juntos em harmonia (Salmo 133)
"Kol HaNeshamah Tehal-El Yah, Halelu-Yah" - Que todos os seres vivos louvem ao Eterno! Louvado seja o Eterno! Haleluiá! (Salmo 150)
"Hodu L'Adonai Ki Tov Ki Leolam Chasdoh" - Agradecei ao Eterno, porque Ele é bom e eterna é Sua misericórdia. (Salmo 118)
"Adonai Sefatai Tiftach Ufi Yaguid Tehilêha" - Adonai, abre os meus lábios e a minha boca proferirá o Teu louvor. (Salmo 51)
"Shiviti Adonai Lenegdi Tamid" - Tenho posto ao Eterno diante dos meus olhos (ou diante de mim, ou à minha frente). (Salmo 16)
Compreendendo ou não o texto, é uma boa prática começar a incluir os Tehilim (salmos) em suas orações e meditações diárias.
Sempre que houver problemas no mundo, perto ou longe de você, recite salmos em nome daqueles que precisam de Luz.